Saúde

Rui Nunes defende que  São João dispõe de camas suficientes para acolher Pediatria até ao Natal

Médico reafirma necessidade de tirar Joãozinho dos contentores provisórios

O presidente da Associação Portuguesa de Bioética (APB), Rui Nunes, congratula a abertura manifestada pela administração do Centro Hospitalar e Universitário de São João (CHUSJ) de realocar o Joãozinho noutra área da unidade até estarem concluídas as obras da nova ala pediátrica. Em nota de imprensa enviada à nossa redação, refere que “a saída dos contentores, tal como tenho defendido, será um sinal positivo que o hospital transmite às crianças, às famílias e aos trabalhadores daquele serviço e uma forma de minimizar o sofrimento de quem está internado no Joãozinho”.
“É importante que sejam criadas condições para que todos os que diariamente trabalham ou estão internados no Joãozinho o façam nas melhores condições”, enfatiza Rui Nunes. O também professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) dá também conta que “de acordo com alguns dados a que tive acesso, o CHUSJ tem atualmente 65 camas que se encontram encerradas. Dessas, 18 camas encontram-se no serviço de Medicina Interna, em alas recentemente intervencionadas. É fundamental otimizar a capacidade instalada enquanto se aguarda por uma solução de fundo que vá de encontro às expetativas dos doentes e das suas famílias”, sustenta Rui Nunes. “Se não contarmos com as camas do Serviço de Medicina Interna, o CHUSJ dispõe atualmente, no edifício central, de 47 camas que estão encerradas. A Pediatria tem atualmente uma lotação de 48 camas, das quais oito estão encerradas”, acrescenta.
Perante este cenário, Rui Nunes deixa a questão: “Por que motivo não se concentram todas essas camas num único espaço do hospital e se transfere a pediatria para essa área?”. “É fulcral que o serviço de Pediatria saia daqueles contentores que eram provisórios e para serem utilizados durante três anos. Certo é que a Pediatria já está ali instalada há oito anos, com elevados custos mensais de aluguer e reparação”.
Rui Nunes recorda ainda que esta opção “não carece de recursos que não estejam à disposição do hospital e permitiria aliviar o sofrimento dos doentes, das suas famílias e dos próprios profissionais de saúde que, com tanto empenho, se dedicam a estas crianças”.
O presidente da APB acredita que, desta forma, “é possível dar melhores condições aos doentes e famílias e garantir uma maior paz social para debater e decidir o futuro do Joãozinho”. Sem perder de vista “todo o contexto de unidades pediátricas existentes na região” Rui Nunes defende que as crianças devem estar dentro do Hospital até ao Natal.

Foto: DR

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