Gastronomia
Um café à “Barra Mar’s” plantado a juntar gerações há 65 anos
Fica à beira mar plantado e já conta tantos anos que é difícil encontrar quem se lembre da praia de Esmoriz, em Ovar, sem o café Barra Mar’s. Numa varanda de olhos postos na praia ou no terraço debaixo de sombra, ao fim de 65 anos o Barra Mar’s soube manter a alma com que nasceu e continua a juntar gerações e gerações de clientela. Agora, todos os sábados há música ao vivo neste que é o café mais emblemático da praia.
Ainda guarda as janelas a imitar navios com que nasceu. Porque o espaço, esse, quase nem precisou de se reinventar ao longo dos anos. “Ainda ouço muitas histórias de gente mais velha que vinha para aqui quando eram mais novos”, diz Tiago Veiga, sócio do café que abriu portas em 1954 como Barrinha. Há quem lá vá de propósito só para comer o cachorro à Barra, uma das muitas especialidades. E quem ali passa férias, não falha uma ida ao Barra Mar’s. “Porque é uma casa muito antiga, que abrange desde os mais novos aos mais velhos. Até porque tem o privilégio de ter esta vista para o mar”, enfatiza Tiago.
Foi um dos primeiros edifícios a surgir sobre a praia e, agora, mesmo ali ao lado, ainda esconde um percurso de chão de madeira de cerca de 8 quilómetros, que circula a barrinha de Esmoriz, a maior zona lagunar do norte do país, e que caminha até Paramos. O Barra Mar’s guarda nas paredes uma história que conta 65 anos. É ponto de encontro de gerações e abriu esta época balnear com um terraço renovado. É precisamente aí que há música todas as semanas. Ora funk com o artista brasileiro Bartolomeu Lima, ora jazz pelas mãos de um grupo de amigos do Porto. Está a ser preparado um programa para o mês de agosto que ainda está no segredo dos Deuses. E por falar em segredo, a chave-secreta para manter as portas abertas durante tantas décadas, diz Tiago, “é manter as raízes da casa, daquilo que sempre foi”, remata.
Não nasci aí por acaso, fiz praia aí durante 45 anos!
É mesmo A praia!
Tomei muitos banhos na barrinha, onde também andei de barco, ajudava a puxar as redes e trazia no baldinho peixinhos vivos e caranguejos!
Chegávamos à praia às 9 e saíamos às 20.00. O banheiro, o Sr. Grosso era amigo do peito.
Não havia horas de sol proibidas, era só brincadeira . Saudades, imensas!
As saudades que tenho dessa casa, desse local. Quando vivia na Venezuela uma das primeiras casas visitar era o Barra Mar. Fiquei muito contente em ler esta noticia. Achei foi que o proprietário falou muito pouco da casa e das memórias dela. Tempos…